Jared Kushner, genro de Trump, participará da reunião do presidente americano na Casa Branca na quarta-feira (27) sobre um plano para Gaza pós-guerra, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto.
Kushner foi um conselheiro influente durante seu primeiro mandato e tem aconselhado discretamente funcionários da administração em questões do Oriente Médio desde que Trump voltou ao cargo em janeiro. Ele não ocupa um cargo oficial dentro da Casa Branca.
Uma das áreas que Kushner tem discutido com os atuais funcionários da administração é o que acontecerá com Gaza quando a guerra de Israel acabar, disse uma das fontes. Essas discussões continuarão durante a reunião de quarta-feira.
Steve Witkoff, enviado especial de Trump, revelou os planos para a reunião em uma entrevista à Fox News na noite anterior. Ele disse que o presidente presidira o encontro para discutir um plano para Gaza assim que a guerra terminar.
“É um plano muito abrangente que estamos elaborando para o dia seguinte, que acho que muitas pessoas vão — elas vão ver o quão robusto ele é e o quão bem-intencionado ele é”, afirmou. “E reflete os motivos humanitários do presidente Trump aqui.”
A Casa Branca revelou pouco mais sobre a reunião, que Witkoff disse ser “grande”.
“O presidente Trump tem sido claro ao dizer que quer que a guerra termine, e que deseja paz e prosperidade para todos na região. A Casa Branca não tem nada a acrescentar sobre a reunião neste momento”, disse um funcionário do governo.
Pouco se sabe sobre os detalhes do plano pós-guerra de Trump, incluindo como o território palestino devastado será reconstruído e quem o governaria.
Os EUA e Israel afirmaram categoricamente que o Hamas não poderá mais controlar Gaza após o fim da guerra, deixando em aberto a questão de quem fornecerá segurança e serviços básicos.
O próprio presidente falou pouco sobre sua visão para a faixa, além da proposta que apresentou em fevereiro para uma intervenção dos EUA em Gaza, remoção dos seus moradores e o redesenvolvimento da região em uma “Riviera do Oriente Médio”.
A ideia causou choque quando Trump a revelou junto com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mas foi pouco mencionada novamente nos meses seguintes.
O genro do presidente, que atuou como principal negociador do Oriente Médio no primeiro mandato de Trump e construiu relações profundas com líderes da região, aconselhou informalmente funcionários da administração nas negociações com líderes árabes antes da visita do presidente ao Oriente Médio em maio.
Kushner também é próximo de Netanyahu, com quem tem laços familiares estreitos que remontam a décadas.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br