Na próxima quinta-feira (25), a moda brasileira será destaque na Milan Fashion Week 2025, com o desfile da marca Las Gringas Beachwear, fundada pela empreendedora Annette Lima. Na passarela, ela promete levar os encantos da Amazônia, refletindo a conexão entre o ser humano e a natureza.
À CNN, a estilista conta que levar a produção nacional para uma das maiores semanas do mundo é uma honra, uma vez que traz visibilidade e novas oportunidades de exportação do que é feito no Brasil. “É um mix de sentimentos. Amor, pertencimento e responsabilidade ambiental. A moda é uma linguagem de comunicação e expressão muito potente”.
“Temos de usar esse viés para reivindicar o clima e é isso que a Amazônia, representada pelo design de Las Gringas, fará na passarela. Mostrar para o mundo uma moda consciente, que se importa com a preservação e o clima sendo o nosso principal pilar”, acrescenta.
Annette também adianta o que esperar da apresentação com paleta de cores tropicais e texturas orgânicas, como o verde, em diferentes intensidades que representam a selva e a água que corre sob a vegetação, e os amarelos e alaranjados, quentes e intensos em referência a força dos ciclos solares e o pulsar vivo do dia.
“Será uma linda viagem pelo verde da maior e mais potente floresta tropical do mundo. A coleção fala de fauna, flora, temos rios, mangues, mata, nascer e pôr do sol como inspiração e o mais importante, a brasilidade que só uma marca brasileira sabe expressar. Como diretora criativa, levo todo o meu amor em cada desenho e peça costurada, um mix onde estilo e responsabilidade ambiental se encontram e caminham junto”, entrega.
Responsabilidade e consciência ambiental
Considerando que a indústria da moda é a segunda mais poluente do mundo, apenas da petrolífera, segundo pesquisa Pulse of The Fashion Industry, da Global Fashion Agenda e do The Boston Consulting Group, a Las Gringas Beachwear conta ainda que todos os tecidos utilizados na produção das peças são certificados de forma que diminuam o impacto ambiental.
Além disso, parte da porcentagem é destinada à proteção ativa da floresta Amazônica e das comunidades indígenas que a habitam. “A coleção não tenta imitar a floresta, ela a escuta”, destaca.
“Ainda que a moda seja uma das grandes vilãs para o meio ambiente, a responsabilidade vem de um pilar e deve ser construída juntamente com o Estado. Empreendedor, Governo e produtores têm o dever de proteger os nossos recursos naturais, e a moda, assim, será o veículo de comunicação e não de destruição. Tem muito a ser feito”, conclui.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br