Especialista: vulnerabilidade dos EUA é maior que a da China neste momento

Em entrevista ao Agora CNN, Alexandre Uehara, coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios Asiáticos da ESPM, avaliou que o aumento das tarifas já era esperado, pois tem sido o principal instrumento utilizado por Trump nas negociações comerciais. Contudo, que a China demonstra estar mais preparada para lidar com as tensões.

Donald Trump anunciou a aplicação de uma tarifa adicional de 100% sobre as importações chinesas, em uma nova escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China. A medida, que se soma aos 30% já em vigor, passará a valer a partir de 1º de novembro e inclui também a imposição de controles de exportação sobre todos os softwares essenciais fabricados nos Estados Unidos. A decisão surge como resposta ao anúncio chinês de controle sobre a exportação de terras raras e outros elementos relacionados à tecnologia. Reunião entre os dois presidentes é esperada para os próximos dias.

Uehara ainda lembra que as decisões tarifárias dos EUA impactam o mundo todo: “Se essas duas economias estão em conflito, pode reduzir o crescimento econômico mundial e, por consequência, todas as outras economias sofrem impactos”.

Implicações nos setores econômicos

A medida pode afetar significativamente o setor aeronáutico, especialmente a Boeing. Companhias aéreas chinesas possuem pedidos de pelo menos 222 jatos da empresa americana. “O setor privado americano não está muito favorável com estas sanções que estão sendo feitas via presidente Trump, quem está pagando a conta ou são as empresas ou são os consumidores americanos, apesar de ser uma política de relações internacionais”, disse Uehara. “Por isso que nem sempre essas medidas tem um respaldo interno”.

“A vulnerabilidade americana é maior que a da Chinesa neste momento”, avaliou o especialista. A economia dos EUA se mostra especialmente sensível no setor de terras raras, elementos essenciais para a produção de microprocessadores utilizados tanto na indústria de tecnologia quanto no setor de defesa. “Para o caso dos EUA, é muito mais complicado, porque ele não encontra no momento um substituto imediato para suprir a sua demanda”, disse.

A China, por sua vez, tem buscado diversificar suas relações comerciais e desenvolver alternativas internas, seguindo sua política de planejamento de longo prazo, conhecida como “China Dream”, com metas até 2050.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

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