Sete em cada dez brasileiros (67%) estão preocupados com o risco de consumir — ou ver familiares e amigos consumirem — bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, segundo levantamento da Ipsos-Ipec.
Apesar da preocupação generalizada, o estudo aponta que 53% dos consumidores de bebidas alcoólicas raramente ou nunca verificam a procedência dos produtos no momento da compra. Apenas 34% afirmam checar sempre ou na maioria das vezes, observando rótulos, selos e lacres.
O tema é amplamente conhecido pela população: 94% dos entrevistados disseram ter ouvido falar dos casos de intoxicação por bebidas adulteradas. A mídia tradicional foi a principal fonte de informação (72%), seguida pelas redes sociais (52%), especialmente entre os mais jovens.
Entre quem consome álcool e teve conhecimento dos casos, 54% afirmaram ter mudado de comportamento — 17% passaram a consumir apenas cerveja e 14% interromperam temporariamente o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica. Já 44% mantiveram os hábitos.
“A pesquisa revela um amplo conhecimento sobre os casos de intoxicação, mas há um descompasso entre a preocupação de ingerir uma bebida adulterada com metanol e a baixa verificação da procedência no ponto de venda entre os consumidores”, afirma Márcia Cavallari, diretora da Ipsos-Ipec.
A pesquisa ouviu 2.000 pessoas em 132 municípios entre os dias 24 e 28 de outubro de 2025. Na última quinta-feira (5), o Ministério da Saúde divulgou que subiu para 60 o número de casos confirmados de intoxicação.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br


















