Financiamento climático segue como impasse em última semana da COP30

Na última semana de COP30, o modelo de financiamento para o combate às mudanças climáticas ainda gera impasses nas negociações. O tema levanta divergências entre países ricos e em desenvolvimento.

O centro do impasse é que as maiores economias do planeta cobram metas mais duras contra o aquecimento global e uma divulgação mais frequente de dados sobre o tema. Do outro lado, os emergentes argumentam que só poderiam avançar com esses objetivos se as grandes potências realizarem mais investimentos.

Nesta segunda-feira (17), o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), cobrou um aumento na verba de financiamento ao combate das mudanças climáticas e disse que o tempo de promessas “já acabou”.

“A transição energética deve ser justa. Não pode deixar ninguém para trás. Queremos que ela gere emprego, renda e desenvolvimento para todas as regiões e sirva de modelo de cooperação para outras nações”, disse.

O discurso de Alckmin foi endossado pela presidente da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) Annalena Baerbock.

“O dinheiro existe, ele simplesmente precisa ser redirecionado. Em um mundo de abundância, o problema não é a capacidade do capital, e sim para onde o capital vai”, afirmou Baerbock durante a abertura da quarta reunião da COP30.

E o capital ainda encontra dificuldades para circular pela COP30 no momento. Segundo apurou a CNN Brasil, foram anunciados até o momento US$ 200 bilhões para a luta contra a crise climática, representando apenas 23% do considerado necessário anualmente para a próxima década.

A contribuição foi feita majoritariamente por bancos multilaterais e investidores privados, sem a verba de países devido à falta de um acordo.

O secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Simon Stiell, criticou a velocidade para as decisões.

“Mas, amigos, o ritmo das mudanças na economia real não foi acompanhado pelo progresso nessas salas de negociações. O espírito está lá, mas a velocidade não”, apontou Stiell.

Durante a fase política das negociações, os ministros de mais de 150 países que estão em Belém, devem tentar destravar os investimentos e a pauta da COP de modo geral.

A última semana de COP30 será marcada por uma série de negociações entre ministros para tentar destravar a pauta da conferência. A maioria das autoridades tem carta branca dos líderes dos países para buscar acordos nos pontos sensíveis em que as áreas técnicas não conseguiram avançar.

Também visando um fortalecimento das negociações e evitar o impasse, o presidente Lula (PT) irá ao evento nesta quarta (19). Diplomatas avaliam que a ida do presidente é um peso político importante para fazer a agenda avançar.

Em outra frente, Lula também deve atuar para colocar na declaração final da COP ao menos uma citação ao mapa do caminho para o fim dos combustíveis fósseis, que se tornou uma bandeira do brasileiro desde a Cúpula dos Líderes.

* com informações de Fernando Nakagawa, Teo Cury e Caio Junqueira, da CNN Brasil em Belém.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

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