Daniela Mercury e mais se apresentam na 30ª Parada do Orgulho LGBTI+ no RJ

Mais de 100 atrações se apresentaram na 30ª Parada do Orgulho LGBTI+, na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, neste domingo (23). Entre os principais artistas estavam Daniela Mercury, Teresa Cristina, Aretuza Lovi, Diego Martins, Lorena Simpson e Hitmaker Grag Queen.

Segundo o Grupo Arco-Íris, que organiza o evento, este ano a Parada reforça seu papel como destino de orgulho, respeito e diversidade. Com o tema “30 anos fazendo história: das primeiras lutas pelo direito de existir à construção de futuros sustentáveis”, o evento espalhou 15 trios elétricos ao longo da orla mais famosa do Brasil.

A concentração começou no posto 5, às 11h. Às 15h25, o evento foi oficialmente aberto. Celebrando três décadas de avanço nos direitos, o evento também lembra que a luta contra o preconceito ainda está longe de acabar. Frequentadora da Parada há muitos anos, Lauanna Drag conta que enfrentou dificuldades de aceitação dentro de casa.

“A gente vem pela nossa luta, combater a homofobia. O preconceito começou desde o meu pai. Meu pai preferia ter um filho traficante do que um filho homossexual. Ele falou pra mim e eu mostrei pra ele que é totalmente diferente, que drag é luxo, alegria, diversão. Ele faleceu me pedindo desculpa por não ter aceitado. Eu tive um primo que era traficante e morreu em frente aos pais dele e eu mostrei pra ele que é totalmente diferente. Infelizmente, no último dia de vida dele, ele me aceitou como homossexual. Agora é vida que segue, é força pelo povo LGBTQIAPN+”, disse Lauanna.

Apesar das histórias de luta e preconceito, a praia de Copacabana foi tomada por muito brilho e alegria. Não faltaram looks criativos e coloridos. Um deles foi da Sthefannye Drag, que contou ter demorado cerca de uma hora para se arrumar.

“Já são muitos anos de experiência, então a gente já vai rápido. Eu mesma que faço os meus looks, tenho o meu ateliê, onde eu também faço as musas do carnaval do Rio. Esse look que eu tô usando sou eu mesma que faço”, contou.

Uma das novidades na Parada deste ano foi a inclusão de uma representante trans no grupo “Anjos da Diversidade”, que desfila em frente ao primeiro trio elétrico com asas de até 1,5m de altura. Nicolly Santos Bittencourtt comemorou fazer parte dessa história.

“Pra mim significa muita coisa porque eu estar representando todos os corpos trans pra mim é muito incrível por eu ser uma mulher trans nordestina, que saiu da minha cidade e veio para o Rio de Janeiro, a cidade que é totalmente uma vivência diferente, e receber esse presente, estar com essa liderança é muito incrível, muito satisfatório”, disse.

Além das novidades, a 30ª Parada mostrou a tradição, com participantes que marcam presença desde a primeira edição. “É muito importante porque eu sou gay, já estou com 58 anos e sempre teve discriminação, mas hoje em dia nós estamos vivendo melhor”, afirmou Xuxepe Holiday, que afirmou ter participado de todas as Paradas do Rio.

Serviços

Ao longo da orla, a Secretaria Municipal de Saúde montou estruturas móveis de atendimento com distribuição de preservativos e gel lubrificante; aplicação de vacinas como covid-19, influenza, HPV, febre amarela, tríplice viral e hepatite B; e prescrição e orientações sobre PrEP, reforçando a prevenção combinada ao HIV.

Também foram montadas tendas e pontos de atendimento com informações sobre retificação de nome, direitos sociais, assistência social e educação ambiental.

Parada verde

Este ano a Parada adotou uma operação de neutralização de carbono e recebeu o certificado de neutralização e serviços ecossistêmicos da GPX Tecnologia e Investimento, por meio do Projeto Fazenda Rio Preto-AM. Foram neutralizados 496 toneladas de carbono referente ao ano de 2025.

A certificação reconhece as boas práticas de sustentabilidade de proteção e manutenção da biodiversidade, que auxiliam no cumprimento das Obrigações de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS).

Movimento inter-religioso

Um trio dedicado ao Movimento Inter-religioso também se apresentou neste domingo. O espaço reuniu representantes de diferentes segmentos religiosos, como Umbanda, Candomblé, Ifá, Xamanismo, Hare Krishna, Barca Azul, tradições evangélicas progressistas, além de lideranças de etnias indigenas.

Segundo a organização do evento, a presença destes grupos reafirma a importância do diálogo entre espiritualidade, diversidade e direitos humanos em um momento crucial da história do país.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

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