O governo brasileiro ainda prega cautela sobre a possibilidade de assinar o acordo Mercosul-União Europeia nesta semana. A avaliação de diplomatas consultados pela CNN é de que a posição do bloco europeu ainda está em aberta e só será definida nos próximos dias.
O Brasil e demais países do bloco sul-americanos esperam assinar o acordo na Cúpula do Mercosul, marcada para o próximo domingo (20). O encontro dos líderes acontecerá em Foz do Iguaçu, no Paraná.
A semana decisiva teve início com a tentativa da França de adiar a votação do acordo pelo Conselho Europeu. A Dinamarca, que ocupa a presidência rotativa da UE, vem reiterando a intenção de votar o tratado no colegiado nesta semana — o que deve acontecer na quinta-feira (18).
Uma fonte da diplomacia brasileira afirma que era “esperado” que nesta semana países favoráveis e contrários ao acordo se movimentassem. A França e a Polônia são tidos como a principal oposição ao Mercosul-UE desde antes de sua conclusão.
Para ir à frente, o acordo precisa ser aprovado por 55% dos países do Conselho Europeu (15 dos 27), correspondendo a pelo menos 65% da população do bloco. Assim, a oposição de França e Polônia não seriam suficientes para travar o acordo. A Itália ainda é tida como “fiel da balança”.
Até que haja a votação no Conselho Europeu — que daria ou não o mandato para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assinar o acordo — os diplomatas ainda avaliam o cenário como incerto.
Outro ponto de atenção na semana é a votação no Parlamento Europeu, marcada para terça, de mecanismos de salvaguarda para o bloco no acordo. O texto prevê possibilidade de investigação comercial contra o Mercosul quando as vendas de produtos agrícolas considerados sensíveis — como carne bovina ou aves — à UE aumentarem, em média, 5% ao longo de três anos.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

















