Um astronauta dos Estados Unidos e um cosmonauta da Rússia concluíram com sucesso, nesta terça-feira (9), mais uma missão espacial conjunta. Os dois retornaram em segurança à Terra após período de trabalho na Estação Espacial Internacional (EEI). O editor de internacional, Diego Pavão, explicou ao Live CNN que apesar das tensões geopolíticas existentes entre os dois países, a cooperação no espaço continua funcionando de forma harmônica.
No ambiente orbital, as relações entre russos e americanos têm se mostrado imunes aos conflitos políticos que marcam as interações terrestres entre as duas nações. “Essa cooperação espacial se deve principalmente à interdependência existente na estrutura da Estação Espacial Internacional”, explica o editor.
A EEI foi projetada de forma que um lado não consegue operar sem o outro. A parte americana – que também inclui Canadá, Japão e 23 países da Agência Espacial Europeia – é responsável pelos painéis solares que geram energia para reciclar água, oxigênio e proporcionar aquecimento, enquanto a parte russa controla os motores que ajustam a estação no espaço, evitando que ela seja puxada pela gravidade terrestre e permitindo desvios de lixo espacial.
Fim de uma era de cooperação
Apesar do sucesso contínuo dessa parceria, a cooperação espacial entre Rússia e Estados Unidos está com os dias contados. Existe um projeto para que a Estação Espacial Internacional seja aposentada em 2030, conforme já anunciado por ambos os países. A Rússia também já manifestou interesse em construir sua própria estação espacial independente.
O cenário atual da exploração espacial é bastante diferente daquele da Guerra Fria. Hoje, além de Rússia e Estados Unidos, a China surge como um elemento importante na nova corrida espacial. No entanto, até 2030, a expectativa é que a relação entre russos e americanos no espaço continue blindada das tensões geopolíticas que dominam as relações na Terra.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

















