A crise de segurança na Europa foi um dos principais temas do debate entre os quatro candidatos que lideram a disputa pelo governo da Alemanha, a maior economia do continente.
Foi o primeiro confronto televisionado só com os candidatos mais bem colocados para liderar a Chancelaria Federal Alemã: o social-democrata, Olaf Scholz; o líder dos Verdes, Robert Habeck; o democrata-cristão, Friedrich Merz; e a representante da extrema direita, Alice Weidel, do “Alternativa para a Alemanha”.
A líder do AfD foi a única candidata a defender que a Alemanha deixe de apoiar os ucranianos na guerra contra a ocupação russa, advogando por uma postura de neutralidade no conflito.
Posição atacada pelos adversários. Merz, que é de centro-direita, reforçou o compromisso com “o povo ucraniano”. E cogitou, inclusive, flexibilizar a política fiscal alemã para ampliar investimentos em defesa.
Ele é o favorito na disputa, com cerca de 30% das intenções de voto. No debate, negou que possa fazer qualquer tipo de aliança com o AfD, que ocupa o segundo lugar, mantendo o compromisso conhecido como “cordão sanitário” contra a extrema direita.
Em janeiro, os democratas-cristãos contaram com o apoio da AfD em uma moção para endurecer a política migratória do país.
Os alemães vão às urnas no próximo domingo (23) definir os parlamentares que ocuparão os 360 assentos do Bundestag.
Nenhum partido deve obter maioria. E a nomeação do próximo chanceler vai exigir uma coalizão entre diferentes partidos.
O próximo chefe de governo vai precisar enfrentar uma economia estagnada. No cenário externo, pesa também a fragilizada aliança entre os Estados Unidos e os países da Europa.
O presidente americano, Donald Trump, anunciou que pretende implementar duras tarifas de importação contra o bloco europeu. O presidente russo, Vladimir Putin, para um possível cessar-fogo na Ucrânia.