Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (27), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) comentou o julgamento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condená-la pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Sobre o episódio que ocasionou a ação penal, ocorrido em 2022 — quando a parlamentar sacou uma arma e correu atrás de um homem pelas ruas de São Paulo, um dia antes do segundo turno da eleição presidencial —, Zambelli afirmou que estava em um contexto que a deixou em alerta.
“Eu jamais sacaria a arma para qualquer pessoa na rua, foi muito mais do que isso”, afirmou.
Segundo a deputada, tudo aconteceu após ela ao ouvir um estampido de tiro. “Mais tarde eu vim a saber que, na verdade, foi o policial que caiu, com a distensão que ele teve na coxa, e acabou soltando um tiro sem querer”, relatou.
A deputada pondera, porém, que se arrepende de sua atitude.
“Naquele dia, especificamente, estava armada porque estava preocupada com a minha segurança. Estava na frente do meu filho, naquele momento eu perdi a cabeça, me arrependo disso”, afirmou.
Segundo ela, outro motivo que a fez se arrepender foi a repercussão negativa sobre armas de fogo.
“Me arrependo do que aconteceu porque as pessoas não podem ter a ideia de que arma é algo ruim. Uma arma como a minha me defendeu, eles estavam me agredindo”, completou.
Apesar de a Suprema Corte ter formado maioria para condená-la, o julgamento foi suspenso depois que o ministro Nunes Marques pediu vista — mais tempo de análise.
O requerimento por vista deveria paralisar o julgamento, mas os ministros Cristiano Zanin e Dias Toffoli computaram o voto antecipadamente, formando a maioria.