O miliciano Toni Angelo saiu da Penitenciária Federal de Brasília na tarde desta terça-feira (16) para ir a um hospital sob forte esquema de segurança na capital federal.
Ele é apontado como chefe da maior milícia da zona Oeste do Rio de Janeiro e está preso por duplo homicídio de um casal e uma tentativa de assassinato.
O esquema de segurança foi reforçado pela Polícia Penal Federal, responsável pelos presos das cinco unidades federais do Brasil.
A unidade hospitalar fica a cerca de 10km da penitenciária. No caminho, viaturas fizeram a escolta.
A estratégia serviu para evitar eventuais tentativas de fuga ou de resgate do preso. O número de polícias envolvidos na operação é mantido sob sigilo por questões de segurança.
Agentes federais dizem que foi uma escolta de rotina.
No mês passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça), atendendo a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), decidiu manter o miliciano preso no sistema penitenciário federal. A Justiça diz que o ex-policial militar é um dos principais líderes da organização criminosa “Liga da Justiça”, milícia que exerce o controle territorial na zona oeste do Rio, no bairro de Campo Grande.
No pedido pela permanência do miliciano em presídio federal, o MPRJ argumentou que Toni Ângelo foi condenado a mais de 172 anos de prisão pela prática de diversos crimes, entre eles homicídio qualificado, ocultação de cadáver, extorsão, organização criminosa, receptação e porte de arma de fogo de uso restrito.
“Ele permaneceu na liderança do grupo criminoso até 2013, quando foi baleado e preso”, destacou a decisão.
Em 2021, o ex-PM retornou para o sistema prisional do Rio de Janeiro, onde iniciou aproximação com outros milicianos. Diante disso, foi autorizada a sua transferência de volta para o sistema penitenciário federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
“Nesse contexto, seja pela manutenção dos motivos que inicialmente justificaram a inserção em presídio federal, seja pelos resultados da tentativa de retorno ao presídio estadual, é salutar que o recorrido seja mantido no sistema penitenciário federal até 2027”, decidiu o STJ.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br