O presidente da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, André Corrêa do Lago, afirmou que a COP30 ocorrerá em Belém (PA) e que “não existe um plano B” para uma eventual troca de sede.
Corrêa compareceu, na manhã desta quarta-feira (6), em audiência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, para discutir os preparativos do evento, previsto para novembro.
Durante a audiência, parlamentares questionaram Corrêa do Lago sobre a organização do evento.
Em sua fala, o presidente da COP reconheceu que os preços de hospedagem na capital do Pará “realmente estão muito acima do que de outras COPs”.
Ele ainda disse que a questão está sendo amplamente discutida junto à Secretaria Extraordinária para a COP30 do governo federal. Segundo ele, nas edições de Glasgow (Escócia) ou Baku (Azerbaijão), os hotéis dobraram o valor das diárias. Já em Belém, os países estão procurando fazer reservas e “estão vendo valores 10 a 15 vezes maiores do que o que os hotéis oferecem”, afirmou.
Corrêa do Lago afirmou que o problema é mais de preço do que oferta, pois com a nova tradição de locação de apartamentos, não falta acomodação. “Os preços que estão sendo apresentados pelos hotéis estão se tornando uma referência para os apartamentos”, disse.
Na terça-feira (5), o presidente da Áustria, Van der Bellen, informou que não viria à cúpula climática devido à alta no valor das acomodações.
Com críticas dentro e fora do país, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou à CNN que o governo está trabalhando para entregar “a melhor COP que já existiu na ONU”. Países em desenvolvimento têm questionado a alta dos preços e sugerido que parte da agenda seja realizada em outra cidade.
Participação no Senado
Antes da audiência na Câmara, o presidente da COP30 compareceu à II Cúpula de Parlamentar pela Mudança do Clima. Na ocasião, disse que “o multilateralismo climático tem encontrado soluções, mas também enfrentado desafios significativos”.
“Nós acreditamos que a COP30 vai ser uma ocasião muito particular de nós podermos ajustar a melhor maneira de usar esses instrumentos. E a melhor maneira de usar esses instrumentos é a ação, é a implementação”, afirmou.
*Sob supervisão de Mayara da Paz
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br