“Não vou renunciar às minhas convicções”, diz presidente da CPI do Crime

Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da CPI que investigará o crime organizado no país e afirmou que não renunciará às suas convicções pessoais no comando dos trabalhos. O senador destacou, em entrevista a Pedro Venceslau, no CNN 360º, que a pauta da segurança pública não deve ser tratada como exclusiva de movimentos conservadores.

Com experiência de 27 anos como delegado de polícia e professor de direito penal, Contarato enfatizou a necessidade de uma abordagem mais propositiva na área de segurança pública, especialmente voltada para as populações mais vulneráveis. “Quando uma comunidade como o Complexo do Alemão ou da Penha sofre com a ausência do Estado, instala-se ali o medo e ela fica subjugada a toda sorte de tortura e constrangimento”, afirmou.

 

 

Posicionamentos técnicos e convicções

O senador citou exemplos de sua atuação independente, como quando era líder do PT no Senado e se posicionou contra o fim das saídas temporárias de presos, na época da chamada ‘saidinha’. Também mencionou a aprovação de um projeto de lei de sua autoria que aumenta o período de internação para adolescentes em conflito com a lei – “Não é razoável que hoje, no Brasil, uma pessoa de 18 anos de idade incompleto pode praticar qualquer crime […] e ficar no máximo três anos internado”, afirmou Contarato.

“É óbvio que eu não tenho um comportamento punitivista exacerbado. Luto pela efetivação de políticas públicas para que o jovem não seja cooptado nem pela milícia, nem por Comando Vermelho, nem pelo PCC, e isso se dá com iluminação pública, com pavimentação de ruas, com o retorno à pacificação social dessas comunidades”, explicou o político, defendendo ações preventivas como iluminação pública, pavimentação de ruas e educação em tempo integral.

Plano de trabalho da CPI

A comissão já aprovou seu plano de trabalho inicial, que inclui convites a governadores, diretores da Polícia Federal e ministros para prestarem informações. Contarato afirmou que, neste primeiro momento, não há previsão de convocar chefes ou integrantes das facções criminosas, priorizando uma abordagem mais estratégica na investigação.

O senador prometeu conduzir os trabalhos com equilíbrio e responsabilidade: “Vou blindar essa comissão parlamentar de inquéritos de qualquer discussão ideológica partidária porque a segurança pública é um tema sério, complexo e que exige uma resposta para a população”.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

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