Com o dia de ação de graças se aproximando, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump quer presentear a população americana de olho em sua popularidade e nas eleições de meio de mandato, segundo o Coordenador do grupo de Análise de Estratégia Internacional da USP (Universidade de São Paulo) Alberto Pfeifer.
Trump viu sua avaliação positiva cair em uma série de pesquisas. No início de novembro, um levantamento da CNN mostrou que o republicano está com a menor aprovação desde 2017 e uma vantagem do partido Democrata para as chamadas “midterms” – que alteram metade da Câmara dos Deputados e do Senado.
Segundo Pfeifer, a Casa Branca tenta chamar atenção para os “feitos positivos” da agenda interna e externa do governo e estabelecer “três frentes de pacificação e normalização”. Seriam essas:
- Resolução da guerra entre Rússia e Ucrânia;
- Cerco a Nicolás Maduro;
- “Mediação” das relações entre Israel e os estados Árabes.
Pfeifer classifica o último ponto como o “mais importante” dos movimentos do presidente americano. Recentemente, Trump recebeu com pompa em Washington o príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammad bin Salman e conseguiu durante o encontro, ainda segundo o professor, “muitos avanços”.
Um deles foi a promessa do saudita de integrar os Acordos de Abraão, que normalizariam suas relações com Israel. Segundo Trump, a assinatura favorável ocorreria “logo”.
Outro ponto seria a compra de jatos americanos F-35 por parte das Forças Armadas comandadas por Bin Salman e tratados de trocas de tecnologia. Abriu-se, também, a perspectiva de um fluxo de capital e de investimentos para possibilitar a reconstrução de Gaza.
“Isso pode ser o marco da normalização das relações da Arábia Saudita não só com Israel, mas também com todo o Ocidente, o Oriente Médio e o norte da África – em contraposição ao Irã”, diz Pfeifer.
O regime dos Aiatolás iranianos tem uma força regional importante e disputa espaço com os sauditas.
No entanto, o professor aponta que “a Arábia Saudita sai fortalecida nessa disputa interna dos países muçulmanos.”
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br


















