A Polícia Civil do Rio de Janeiro fechou um “bunker do tráfico” pertencente ao traficante Abelha, um dos líderes do Comando Vermelho, nessa sexta-feira (28).
Agentes da 5ª DP (Mem de Sá) localizaram o bunker dentro de um casarão abandonado na Lapa, na zona oeste do Rio. O local é utilizado como ponto de venda de drogas na região, segundo a polícia.
Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, atua principalmente no bairro da Penha. Além de ser procurado por diversos homicídios, o criminoso saiu pela porta da frente do Complexo de Bangu, em julho de 2021, mesmo com um mandado de prisão em aberto contra ele.
A parte encontrada no casarão é um cômodo isolado com portas de aço, uma delas destinada a uma pequena passagem onde os criminosos fogem e a trancam por fora, inviabilizando as operações policiais. Foi realizada a retirada das portas e demais estruturas de aço, que pesavam mais de 300 kg.
Veja abaixo vídeos da ação policial:
Durante a operação, duas pessoas foram presas em flagrante. Magno Cavalcanti de Barros, de 27 anos, e Nathan Souza Resgate, de 22 anos, vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e resistência, já que tentaram fugir no momento da abordagem policial.
Nathan possuía um mandado de prisão preventiva em aberto por fugir do sistema penitenciário, após não retornar dentro do prazo em uma saída temporária, voltando a traficar drogas na Lapa. Os dois presos possuem anotações criminais por tráfico, associação para o tráfico e roubo.
A polícia informou que, em frente à casa, formam-se filas para a compra de entorpecentes. Nesta sexta, foram apreendidos cerca de duas mil unidades de drogas, entre sacolés de maconha, haxixe, skank, pinos de cocaína e pedras de crack, gerando prejuízo estimado aos criminosos de mais de R$ 100 mil.
As investigações apontam que os criminosos utilizam imóveis abandonados para o funcionamento de “bocas de fumo”, instalando as estruturas de aço que funcionam como barricadas.
A Polícia Civil ainda destaca que os pontos de venda de drogas na Lapa servem como “esticas” de comunidades e subordinadas às lideranças da facção, com locais vinculados aos chefes do tráfico no Morro dos Prazeres, Fallet/Fogueteiro e ao traficante Abelha.
