Polícia faz operação em postos de gasolina suspeitos de ligação com PCC

A Polícia Civil de São Paulo realiza, na manhã desta terça-feira (21), uma operação contra cinco postos de combustíveis suspeitos de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Os mandados são cumpridos na Baixada Santista, no litoral, e em Araraquara, no interior.

A CNN Brasil apurou que o objetivo da ação é cumprir mandados de busca e apreensão em locais ligados ao empresário Mohamad Hussein, conhecido como “Primo”, e apontado como líder de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis.

A operação de hoje tenta cumprir cinco mandados na Baixada e um em Araraquara.

Mohamad foi um dos principais alvos de uma megaoperação, que aconteceu no final de agosto deste ano. Ao todo, foram três operações realizadas e que colocaram o setor de combustíveis e o crime organizado no centro das atenções, revelando um esquema bilionário de fraudes com participação direta da facção criminosa.

 

Segundo o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), a ação desta terça tem como intuito a “vigilância de mercado, combater irregularidades em postos de combustíveis, garantir a proteção dos consumidores e dos comerciantes que trabalham dentro da legalidade.”

Além do Ipem e da Polícia Civil, a ação conta com o apoio da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e da Secretaria da Fazenda do estado.

Operação Carbono Oculto

Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo” ou “João”, foram a dupla alvo da operação Carbono Oculto, em agosto deste ano. Eles são apontados como os principais responsáveis por uma rede de fraudes fiscais e contábeis que já movimentou mais de R$ 52 bilhões.

Segundo a investigação, a organização criminosa, que teria ramificações em toda a cadeia produtiva de combustíveis — de usinas a postos —, usa centenas de empresas em nome de laranjas, fundos de investimento e familiares para blindar o patrimônio e ocultar a origem ilícita dos recursos.

O grupo teria iniciado suas atividades em postos de combustíveis e empresas químicas e, em seguida, expandido para outros setores. “Primo” ou “João”, além de também liderar a organização, é apontado como o responsável por expandir o esquema para novos setores, consolidando a atuação da quadrilha em nível nacional.

Impactos

A Receita Federal apontou que a venda de combustíveis nos postos para o consumidor final também é acompanhada de sonegação de impostos. Isso significa que, além de pagar por um produto de qualidade inferior e potencialmente prejudicial, o consumidor está contribuindo indiretamente para a evasão fiscal, sem o devido recolhimento de tributos.

A Operação Carbono Oculto revelou, assim, uma complexa teia de fraudes que atinge diversas esferas da economia e da sociedade, que chegou a absorver distribuidoras, transportadoras e postos em sua estrutura, ameaçando proprietários que tentavam cobrar dívidas.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

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