O ressentimento histórico entre israelenses e palestinos representa o principal obstáculo para a resolução do conflito no Oriente Médio, conforme análise de Karina Calandrin, professora de Relações Internacionais do Ibmec, durante o WW. “Quando a gente fala especificamente do conflito Israel e Palestina, o ressentimento é a maior barreira”, afirmou a professora. A especialista destaca que essa barreira emocional supera até mesmo as questões materiais e territoriais que permeiam a disputa.
Segundo Calandrin, existe uma disputa psicológica sobre quem é a maior vítima do conflito, quando na realidade ambos os povos sofreram consequências da violência, do colonialismo europeu e de diversas fatalidades ao longo dos anos. Essa dinâmica tem impedido consistentemente o avanço de negociações efetivas para a paz.
Histórico de tentativas frustradas
A professora ressalta que, apesar das diversas iniciativas diplomáticas realizadas ao longo das décadas, como os Acordos de Oslo nos anos 90 e a Cúpula de Camp David em 2000, as negociações nunca avançaram conforme o esperado. O peso do ressentimento histórico tem se mostrado maior do que a capacidade de estabelecer acordos duradouros.
A situação se agravou significativamente após os eventos de 7 de outubro e os desdobramentos dos últimos anos na Faixa de Gaza. Calandrin demonstra pouco otimismo para uma resolução no curto prazo, mas mantém esperança de que um acordo de paz possa ser alcançado em médio a longo prazo.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br