O caso Jeffrey Epstein é um dos principais pontos de atrito entre o governo de Donald Trump e a população dos Estados Unidos neste segundo mandato do republicano na Presidência.
Trump fez campanha dizendo que consideraria divulgar os arquivos relacionados à investigação do magnata, mas, em julho, o Departamento de Justiça afirmou que não iria publicar novos documentos.
Isso gerou revolta mesmo entre apoiadores do presidente, também devido ao relacionamento pessoal que ele tinha com Epstein.
Ao longo de 2025, um comitê do Congresso liberou novos documentos, até que, em novembro, foi aprovada uma proposta para obrigar o governo a publicar os arquivos restantes — o texto foi sancionado por Trump.
Quem foi Jeffrey Epstein?
Jeffrey Epstein, natural de Nova York, começou sua carreira com uma breve passagem como professor em uma prestigiada escola particular.
Não demorou muito para que ele ingressasse no ramo de bancos de investimento. Ele trabalhou no Bear Stearns antes de abrir sua própria empresa em 1982.
Na companhia, Epstein atendia exclusivamente clientes com patrimônio superior a US$ 1 bilhão, segundo reportagem da CNN.
Na década de 1990, ele já havia acumulado propriedades e apartamentos em diversos países, segundo documentos judiciais, incluindo uma ilha particular no Caribe. Também convivia com algumas das pessoas mais ricas e poderosas do mundo.
Entre essas pessoas estavam o então príncipe Andrew, o ex-presidente Bill Clinton e Donald Trump, todos os quais negam qualquer irregularidade relacionada ao financista.
Detalhes da suposta vida secreta de Epstein vieram à tona pela primeira vez em 2005, quando várias meninas menores de idade o acusaram de se oferecer para pagar por massagens ou atos sexuais em sua mansão em Palm Beach.
Depoimentos de um grande júri divulgados anos depois incluíram acusações de que Epstein, então na casa dos 40 anos, havia estuprado adolescentes de até 14 anos.
Ele conseguiu evitar ser acusado na esfera federal ao firmar um acordo para cumprir 13 meses de prisão por acusações estaduais de prostituição e se registrar como agressor sexual.
Uma revisão do Departamento de Justiça concluiu posteriormente que o então procurador federal Alex Acosta, que supervisionou o acordo, demonstrou “falta de bom senso” ao fechá-lo. Acosta posteriormente atuou como secretário do Trabalho de Trump em seu primeiro mandato.
Entretanto, em 2018, dezenas de outras mulheres alegaram que Epstein havia abusado delas.
Essas denúncias levaram o Departamento de Justiça a abrir uma nova investigação contra o financista, e ele foi acusado em Nova York por tráfico sexual de dezenas de meninas menores de idade menos de um ano depois — ele se declarou inocente.
Em agosto de 2019, Jeffrey Epstein foi encontrado inconsciente em sua cela no Centro Correcional Metropolitano de Nova York. Ele foi levado a um hospital, onde foi declarado morto. A causa da morte foi considerada suicídio.
Nos anos seguintes, o Departamento de Justiça dos EUA e tribunais divulgaram cronologias e centenas de documentos que expuseram os detalhes de seus crimes. Esses arquivos incluíam um conjunto de registros de voos que listavam quem havia visitado a ilha particular de Epstein.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

















