Os reféns libertados pelo Hamas neste sábado (8) apresentaram perda de peso significativa, segundo a chefe da Divisão Médica Geral do Ministério da Saúde de Israel. Veja fotos dos homens antes de serem capturados e após serem soltos na galeria acima.
“Esta manhã testemunhamos uma perda de peso significativa, que representa as condições severas que eles [reféns] suportaram pelo Hamas. Essas cenas apresentaram visões desafiadoras e complexas para as famílias dos que retornaram do cativeiro e nós mesmos”, destacou Hagar Mizrahi.
“O sistema de saúde israelense está comprometido em oferecer apoio abrangente, terapêutico, emocional e físico às famílias dos retornados e também dos cativos.”
Ohad Ben Ami, de 56 anos, fez exames médicos no Centro Médico Sourasky de Tel Aviv, após ter sido libertado. Foi nessa instituição que Mizrahi fez o pronunciamento.
Além de Ami, Eli Sharabi e Or Levy — os outros dois reféns soltos pelo Hamas neste sábado — pareciam magros, fracos e pálidos, e em pior condição do que os reféns que foram libertados anteriormente.
O governo israelense descreveu as cenas como “chocantes” e disse que “não passariam despercebidas”, enquanto o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas de Israel disse que as aparências dos reféns libertados eram “perturbadoras”.
Israel liberta prisioneiros; alguns também aparentam estar debilitados
Em troca da libertação destes homens, Israel soltou 183 prisioneiros palestinos. Desses, 18 estavam cumprindo penas de prisão perpétua, enquanto 54 tinham penas menores e 111 foram detidos em Gaza depois de 7 de outubro, segundo o Hamas. As acusações contra os outros 111 não estão claras.
Algumas dessas pessoas foram levadas da prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada, para Ramallah. Um vídeo mostrou alguns detentos fracos e magros, com um homem parecendo tão fraco que precisou ser carregado.
O sistema carcerário de Israel foi criticado por reduzir intencionalmente as porções de comida para prisioneiros palestinos no que foi descrito como o mínimo necessário para a sobrevivência, por ordem do então Ministro da Segurança Nacional Ben Gvir no ano passado.