Superquarta: Mercado avalia Selic mantida e sinalização de corte no 1º tri

O Banco Central vai manter a taxa básica de juros Selic em 15% na reunião de 10 de dezembro, mas também poderá sinalizar um possível corte no próximo trimestre, segundo pesquisa da Reuters com economistas.

Neste ano, o BC enfatizou uma postura vigilante em meio às pressões inflacionárias ainda elevadas, apesar de alguma melhora no controle dos preços ao consumidor.

No comunicado sobre a decisão da próxima semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) deverá manter seu tom cauteloso, embora seja provável um reconhecimento sutil dos recentes progressos na luta contra a inflação, disseram economistas.

As autoridades vão manter a Selic pela quarta vez consecutiva em 15% em sua reunião de 10 de dezembro, disseram todos os 41 participantes da pesquisa.

“O BCB precisa administrar as expectativas, para evitar que a euforia dos mercados em torno do esperado ciclo de queda da taxa de juros comprometa a desinflação lenta em curso”, disse Helcio Takeda, sócio sênior da Pezco Economics.

“Eu espero algum ajuste na comunicação, de forma a flexibilizar a decisão de janeiro, seja de corte (que é a nossa expectativa) ou de manutenção, caso algum contratempo impeça o início desse ajuste na primeira reunião do ano”, completou.

Dos 36 que responderam a perguntas adicionais sobre quando e qual será o próximo movimento do BC após a decisão da próxima semana, 19 previram um corte na taxa de juros em março, 14 em janeiro e três em abril.

Isso representa um reconhecimento dos esforços do BC em fornecer orientações futuras, com os analistas adiando as expectativas para o início de um ciclo de afrouxamento monetário que apostavam em janeiro, conforme observado em pesquisas anteriores.

As respostas a uma pergunta separada sobre o tamanho de uma possível redução da Selic apresentaram cenários diferentes para cortes de 0,25 ponto percentual, 0,50 ponto ou 1 ponto entre janeiro e abril.

Mas a previsão consensual de 36 estimativas para o final do primeiro trimestre de 2026 coloca a taxa de referência em 14,50%, o que implica uma redução de 0,50 ponto nesse período de três meses.

O balanço de risco do Copom também deve levar em consideração a desaceleração da economia, principalmente após os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre terem ficado ligeiramente abaixo do esperado.

Isso fez com que a curva de juros precificasse maiores chances de um corte inicial na Selic em janeiro. No entanto, os macroeconomistas focados no panorama geral permaneceram, em sua maioria, tranquilos, já que a discrepância na estimativa foi pequena.

“Nosso cenário segue em março como primeiro corte de juros. O dado do PIB veio praticamente em linha com o consenso, mas houve revisão para cima na série, o que dificulta a análise pelo Copom (em termos de estimativa de hiato do produto). Acredito que o viés é de alta para o número deles, mas se ajustarem, será pouco”, disse João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da Kinitro Capital.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

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