Quando o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse, no final do mês passado, que a Ucrânia precisava de US$6 bilhões para financiar a produção de drones interceptadores, estabelecendo uma meta de mil por dia, ele tinha seus motivos.
O uso desses dispositivos remodelaram o campo de batalha.
Nos últimos dois meses, apenas uma instituição ucraniana que fornece drones interceptadores aéreos afirma que seus dispositivos derrubaram cerca de 1.500 dos dispositivos enviados pela Rússia para reconhecimento do campo de batalha ou para bombardeio de vilas e cidades.
Os interceptores têm o potencial de ser uma alternativa barata e abundante ao uso de mísseis de defesa aérea de fabricação ocidental ou soviética. Os projéteis estão esgotados pela incapacidade ou relutância dos aliados em reabastecê-los.
A forças de defesa ucranianas começaram a usar os dispositivos para explodir drones inimigos, estimando que a medida poderia custar um quinto de fazê-lo com um míssil.
Assim como os drones com visão em primeira pessoa (First-Person View) que agora dominam o campo de batalha, os interceptadores são pilotados por um operador em solo por meio da transmissão de vídeo de uma câmera acoplada.
A maioria desses dispositivos é fornecido por organizações militares que arrecadam fundos para armas e equipamentos por meio de doações de civis.
Taras Tymochko, da maior dessas organizações, a Come Back Alive, disse que atualmente fornece interceptadores para 90 unidades.
Desde o início do projeto, há um ano, a organização afirma que mais de 3 mil drones foram abatidos com equipamentos fornecidos por ela, boa parte do volume dos últimos dois meses.
No entanto, esses interceptadores ainda não são páreo para mísseis em aproximação ou para os drones de ataque movidos a jato que Moscou começou a usar recentemente.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br
