“Vale Tudo“: saiba quais serão as alterações na nova versão da novela

Exibida originalmente em 1988, “Vale Tudo” ganhou um remake pela TV Globo em 2025. Escrita originalmente em parceria por Gilberto BragaAguinaldo Silva e Leonor Bassères, a nova versão será adaptada pela autora Manuela Dias.

A corrupção, os jogos de interesse e a falta de ética são o pano de fundo da novela que acompanha Raquel Accioli, uma mulher batalhadora que foi abandonada pelo marido com quem foi casada por dez anos. Ela se muda com a filha Maria de Fátima para a casa de seu pai, Salvador, na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná.

De personalidades opostas, enquanto Raquel busca se manter de forma honesta, preservando a humildade com a qual foi criada, Fátima é inescrupulosa, tem horror à pobreza e é capaz de tudo para enriquecer.

“A questão da honestidade é o assunto principal de ‘Vale Tudo’. É possível ser bem-sucedido sendo honesto? Esse é um tema que permeia toda a novela e que segue atual. E ser honesto é algo atemporal, porque a ética não muda. É uma questão que continua totalmente pertinente e que precisa ser debatida”, declarou Manuela Dias, no material divulgado para a imprensa.

A nova versão de “Vale Tudo” é estrelada por Taís Araújo (Raquel) e Bella Campos (Maria de Fátima). A direção artística é de Paulo Silvestrini, o mesmo que trabalhou em “Vai na Fé” (2023).

Apesar de trazer a essência do original, o remake promete trazer alterações — de tecnológicas até morais e comportamentais — a fim de refletir os novos tempos e as transformações sociais que ocorreram nas últimas décadas.

Saiba quais serão as alterações na nova versão de “Vale Tudo”

Contexto social

Com um salto de 37 anos, o remake deverá refletir um contexto mais atual, trazendo à tona questões contemporâneas que afligem a sociedade durante a trama. Redes sociais, que não existiam na década de 1980, e novos paradigmas econômicos devem ser destaque.

“Nosso desejo é que, por meio dos personagens e situações criadas, possamos promover um ambiente de discussão de questões relevantes para a sociedade brasileira de hoje. Sobre muitas dessas questões, nosso entendimento mudou, às vezes, para melhor, às vezes para pior, muitas coisas foram renomeadas e ressignificadas. Queremos estimular o diálogo”, ressaltou Manuela Dias.

Maria de Fátima

Em “Vale Tudo” de 1988, o público acompanhou uma Raquel vivida pela atriz Regina Duarte e a Maria de Fátima de Gloria Pires. Enquanto a primeira é uma mulher íntegra e de vida simples, a filha é ambiciosa, tem horror à pobreza e foge para o Rio de Janeiro na tentativa de enriquecer como modelo.

Já na nova obra, Maria de Fátima terá a intenção de dar certo como influenciadora digital e ficar rica a qualquer custo. O conflito entre as duas mulheres, a partir da ambição desmedida da filha, será a trama central da produção.

Em material divulgado pela Globo, Bella Campos entregou mais sobre Maria de Fátima.

“Ao mesmo tempo que é ambiciosa, ela é uma personagem cheia de camadas, que carrega suas dores e vulnerabilidades, o que a torna tão fascinante. E o que mais me encanta nela é essa força, essa coragem de seguir em frente, mesmo que isso signifique enfrentar julgamentos. Acho que, como mulher, também me identifico com essa garra de querer mais, de não me contentar com o que está estabelecido, mas sempre buscando me manter fiel aos meus princípios”, revelou.

Eugênio

Mordomo da família Junqueira-Roitman, ele não será mais apaixonado por cinema, como na versão original. O personagem, antes vivido por Sérgio Mamberti, agora fica a cargo de Luis Salém.

Eugênio é muito empenhado e atento, sempre a postos para atender aos desejos de seus superiores. Seus gostos têm a ver com luxo, protocolo e requinte.

Consuêlo e Jarbas

Vividos por Rosane Gofman (Consuêlo) e Stepan Nercessian (Jarbas), em 1988 os personagens eram irmãos. Agora, interpretados por Belize Pombal (Consuêlo) e Leandro Firmino (Jarbas) serão marido e mulher.

Consuêlo será o sustento emocional da família. Ela trabalha como primeira secretária de Marco Aurélio (Alexandre Nero), onde entrega um serviço impecável, ao lado de sua vizinha e amiga Aldeíde (Karine Teles).

Jarbas trabalha nas ruas como motorista de aplicativo. Os dois viverão um casamento leve, dinâmico e cheio de brincadeiras. Eles buscam deixar o cotidiano da família mais tranquilo também.

André e Daniela

Antes sobrinhos de Consuêlo e Jarbas, André (Breno Ferreira) e Daniela (Jéssica Marques) agora serão filhos do casal. Em 1988, os dois eram interpretados por Marcello Novaes e Paula Lavigne, respectivamente.

André é de bem com a vida, tem um jeito carinhoso e leve e está sempre rodeado de amigos. Trabalha como professor na escolinha de pônei da hípica. Já Daniela, é brilhante e estudiosa, cursa Direito em uma faculdade pública e tem a justiça como um de seus principais ideais. Apesar de se dedicar muito à faculdade, ela quer ganhar o próprio dinheiro e, para isso, passa a ajudar Raquel (Taís Araujo) com a venda de sanduíches na praia.

Eunice

Antes dona de casa vivida por Íris Bruzzi, Eunice agora é vivida por Edvana Carvalho e será uma costureira renomada. Gente boa e amorosa, ela é mãe de Fernanda (antes Flavia Monteiro, agora Ramille), uma menina tímida e estudiosa, apaixonada por cavalos e veterinária.

Cecília

Antes vivida por Lala Deheinzelin, agora por Maeve Jinkings, Cecília, personagem lésbica, tinha um fim trágico no decorrer da novela, o que não irá mais acontecer.

A personagem administra uma pousada em Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro. Nascida de uma família de classe média do Rio de Janeiro, Cecília é uma advogada ambientalista que atua em apoio às causas ecológicas que envolvem terras de reservas e tráfico de animais.

Destaque LGBTQIA+

Poliana (Matheus Nachtergaele), vivido por Pedro Paulo Rangel em 1988, será assexual, diferentemente do século passado.

O remake também tenta dar mais foco ao romance de Cecília e Laís (antes Cristina Prochaska, agora Lorena Lima), que serão casadas. As duas devem adotar uma criança juntas.

Vila Isabel

Diferentemente da trama original, a obra atual terá como destaque a Vila Isabel, na zona norte do Rio.

“Vila Isabel é o oposto do individualismo, do cada um por si. É o lugar onde os personagens criam uma rede de apoio mútuo, de solidariedade, de afeto. Simboliza o melhor do brasileiro”, explicou Manuela Dias.

A primeira fase da novela, no entanto, se passará em Foz do Iguaçu, Paraná, onde vive Maria de Fátima com a mãe. É lá que a personagem de Bella Campos realizará um ensaio fotográfico pela agência chamada Tomorrow, e dá os primeiros passos para sua ascensão na carreira.

A novela também tem cenas gravadas em Salvador, Angra dos Reis e Paraty.

Agência Tomorrow

O que era uma revista de moda na versão original de “Vale Tudo”, agora é uma agência digital. Renato Filipelli (João Vicente de Castro): É dono da Tomorrow, enquanto Solange Duprat (Alice Wegmann) é diretora de criação.

Um dos cenários mais vivos e dinâmicos da novela, a Tomorrow foi pensada em uma estética industrial que reflete o ritmo intenso do mundo da produção de conteúdo e terá dois pátios, além de árvores dentro da sua construção. “Usamos como referência prédios de empresas e escritórios de coworking que têm uma decoração alternativa”, contou o cenógrafo Fábio Rangel.

Figurino

A nova “Vale Tudo” também contará com um figurino baseado nos anos 1980, mas um pouco repaginado para os dias de hoje.

“Vamos trazer os anos 1980, mas com uma releitura, com uma cara mais atual”, contou Marcelo Dias, que com Rosemary Paiva, é responsável pela caracterização da novela. “’Vale Tudo’, nos anos 1980, trouxe muita coisa de moda, de tendência, e, agora, com essa nova versão, a gente vê que as coisas estão voltando”, completou Rosemary.

Para os Roitman, os figurinistas se inspiraram em séries internacionais, como “Industry” e “Sucession” e o filme “Anatomia de Um Escândalo”. Para compor o Marco Aurélio, vivido por Alexandre Nero antes interpretado por Reginaldo Faria, foi inspirado pelo filme “Wall Street – Poder e Cobiça”.

Para a caracterização dos personagens de Vila Isabel, a inspiração foram os próprios moradores do bairro da zona norte do Rio. “Cada personagem tem a ver com uma pessoa que a gente fotografou nas várias idas à Vila Isabel. Tem a ver com os lugares, com os bares, com a escola de samba, com a 28 de setembro, enfim com todos os lugares do bairro”, disse Rosemary.

Quem matou Odete Roitman?

O público verá um novo assassino de Odete Roitman surgir. No último capítulo da novela, exibido em 6 de janeiro de 1989, o público descobriu que a assassina era Leila (Cássia Kis).

Na época, os autores da trama fizeram de tudo para evitar vazamentos sobre o desfecho da novela. Eles chegaram a enviar o roteiro do capítulo para os atores com sete páginas faltando. Inclusive, a direção gravou cinco desfechos diferentes no último dia, cada um com um assassino diferente.

Nem mesmos os intérpretes sabiam qual seria o escolhido. Leila não era uma das principais personagens na novela e, inclusive, seu nome era pouco citado entre os palpites do público sobre a morte de Odete.

Porém, na versão de 2025, Leila (Carolina Dieckman) possivelmente não será a assassina de Odete e o público, mais uma vez, ficará com a dúvida de quem matará a personagem.

Interpretada por Beatriz Segall em 1988, a vilã agora será vivida por Débora Bloch. 

Taís Araújo conta que quase não topou interpretar a Raquel

“Vale Tudo”: conheça os personagens da agência de conteúdo de Renato

 

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